segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Osasco terá o maior helicentro do País


São Paulo
A capital paulista é, hoje, a única cidade do mundo que possui um controle de tráfego aéreo exclusivo para helicópteros. Isto reflete a enorme frota de aparelhos deste tipo registrados na metrópole (420 aeronaves) e a força do serviço de táxi aéreo paulistano, que se dá via helicópteros e cresce 20% ao ano. Diante disto a Helibase, do empresário Cesar Parizotto, está investindo R$ 75 milhões na construção do maior centro de hangaragem e manutenção de helicópteros do País: o HBR. O complexo, que deve ficar pronto em junho de 2013, ocupará 52 mil m² (18 mil de área construída) às margens da Rodovia Anhanguera, na cidade de Osasco (SP), divisa com a capital paulista. A aposta de Parizotto no setor, por sinal, vai além das fronteiras do estado: “Cogitamos erguer filiais nos mesmos moldes em Salvador e Rio de Janeiro, outras duas metrópoles onde o tráfego de helicópteros vem crescendo com força”.
A expectativa é que 40% da receita do HBR venha de serviços de hangaragem (ou seja, da cessão de espaço para que as aeronaves fiquem pousadas quando não estiverem em uso) e 60% da manutenção destes equipamentos. “O crescimento do setor está mais acelerado do que a infraestrutura hoje oferecida pelo mercado”, observa Parizotto. “Em outras palavras, da mesma forma que faltam estacionamentos para automóveis nas cidades, faltam também espaços para os helicópteros ficarem. Nosso foco é suprir esta demanda”. O complexo terá certificações para fornecer suporte a helicópteros das fabricantes Agusta, Eurocopter, Sikorsky, Bell e Robinson. Também ocorrerá ali a venda de aeronaves. O local contará até mesmo com uma frequência própria de rádio para coordenar as operações internas.
Polêmica
A construção do HBR vem sendo objeto de um debate acirrado nos últimos meses. Tudo gira em torno do destino que será dado ao complexo. Moradores de bairros vizinhos ao empreendimento temem que a ida e vinda de helicópteros que o mesmo trará gere poluição sonora e ambiental à região. A alegação é que a construção de um heliporto na área não foi autorizada pelo poder público, em especial um do tamanho do que está sendo erguido em Osasco.
Parizotto defende sua posição: “Não estamos fazendo um heliporto, estamos fazendo um helicentro — um complexo para  guarda e manutenção de helicópteros”, enfatiza ele. “Heliportos cobram pelo embarque e desembarque de passageiros, bem como pelo pouso e decolagem das aeronaves. Nós não vamos fazer nem uma coisa, nem outra.” O executivo ressalta que o HBR ocupará uma zona industrial, com poucas habitações em seu entorno próximo. O empresário afirma ainda que o HBR estará, quando pronto, totalmente de acordo com os parâmetros autorizados pelo poder público.
Por: Alex Ricciardi

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